Fernanda cruzou os braços, um sorriso presunçoso nos lábios, e a sensação de estar cercada pela sua arrogância apenas intensificou minha determinação.
— Não é isso que parece — disse Isaías, sua expressão se endurecendo.
— O que parece é que você tomou uma decisão — eu retorqui, cada palavra carregada de dor.
— E que essa decisão inclui ela.
O silêncio se instalou novamente, e eu podia sentir o olhar de Fernanda em mim, como uma lâmina afiada.
— Fernanda e eu… — ele começou, mas eu não deixei que terminasse.
— Não! — interrompi, com uma intensidade que me surpreendeu.
— Não me venha com explicações. Eu não quero saber. O que está em jogo aqui é o que nós éramos, o que poderia ser.
— Eu não quero que você pense que eu… — ele hesitou, e a fragilidade em sua voz me atingiu como um soco no estômago.
— Então me diga, Isaías! O que é que você quer? — exigi, a voz tremendo de emoção.
— É isso que você quer para a sua vida? Você realmente acredita que a felicidade está ao lado dela?
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