Os dias seguintes ao confronto com André foram tensos para Noemi. A ameaça constante pairava sobre ela como uma nuvem escura, ofuscando a tranquilidade que Ricardo havia trazido para sua vida. Mas, apesar do medo, ela se recusava a ceder. Decidiu que não deixaria André vencer, não permitiria que ele tomasse o controle de sua vida novamente.
Naquela manhã, Noemi chegou ao hospital mais cedo do que o normal. A calmaria do lugar antes do início do expediente era reconfortante, uma pausa breve antes do caos do dia. Ela se dirigiu ao refeitório e começou a preparar o café para os médicos, tentando manter a mente ocupada.
“Você está bem?”, a voz familiar de Jonas soou atrás dela.
Noemi se virou e viu o amigo de trabalho observando-a com preocupação. Ele sabia o que estava acontecendo, e seu apoio silencioso a confortava.
“Estou bem... na medida do possível”, respondeu, forçando um sorriso. “Tentando não deixar o medo me dominar.”
“É compreensível”, ele disse, aproximando-se. “Mas se precisa