Luke
— Já estava com saudade — disse ao atender o celular.
— Luke... — Eva chamou-me baixinho. A sua voz estava trêmula.
Escutei-a chorar do outro lado da chamada e sentei-me em um pulo na cama, com o coração acelerado.
— O que aconteceu? Onde você está? — Levantei-me passando as mãos pelos cabelos, agoniado.
— No estacionamento do Marlon's Pop. Michael veio até aqui — contou, chorando.
— Se aquele infeliz tiver tocado em um fio de cabelo seu, eu o mato! — falei irado, entredentes.
— Eu posso ir para aí? Não quero entrar em casa chorando.
— Ele já se foi?
— Sim.
— Fique onde está. Chego em dez minutos.
— Está bem.
Troquei de roupa rapidamente, enquanto aguardava pelo táxi que pedi com urgência. Como prometido, em dez minutos eu estava lá. Só havia o carro da Eva parado no estacionamento escuro. Neguei com a cabeça a situação de perigo que ela se encontrava.
Quando me viu aproximar, destravou as portas e entrei. Eva se jogou nos meus braços e chorou com o rosto enterrado no meu pescoç