(Filippo Valentini)
Arrasto uma cadeira e me sento de frente a Ruan, o garçom que atentou contra minha vida e a de Renata na festa. Ele está pendurado por três correntes, duas em suas mãos e uma em seu pescoço. Ele só consegue tocar as pontas dos pés no chão, para não morrer enforcado.
— Boa noite, está confortável? — pergunto observando o sangue escorrendo pelas aberturas das balas que aceitei nele.
— Seu filho da puta! — cospe, melando meus sapatos importados.
Faço um sinal com a mão, e Lucca, acerta as pernas dele com uma taco de ferro quente. A base do taco é de madeira, o que não machuca as mãos do meu braço direito aqui embaixo.
— Ah! — Ruan grita de dor, seus joelhos dobram e a corrente em seu pescoço começa a enforcá-lo, se debatendo, ele consegue se equilibrar novamente.
— Vinte anos de idade, filho de um traficante, mãe morta a pauladas por trair seu pai, irmão mais velho, soldado da máfia Onore — começo a falar as coisas que sei sobre ele, pego meu celular e abro a foto que