Capítulo 8
O carro corria velozmente, e os reflexos do lado de fora da janela passavam apressados como sombras fugazes.

Mário cerrava os dentes, com a mandíbula tensa e afiada.

Ele estava extremamente nervoso, com os olhos fixos na estrada à frente.

Eu queria dizer a ele que não precisava dirigir tão rápido, que eu não tinha pressa.

No segundo seguinte, como se Mário pudesse ouvir os meus pensamentos, ele reduziu a velocidade.

Ele sorriu e disse:

— Estamos quase lá, Iolanda. Você está com medo?

Havia uma emoção em seus olhos que eu não conseguia decifrar.

Balancei a cabeça: "Não, não tenho medo."

Mário curvou os lábios em um sorriso satisfeito e disse, aliviado:

— Que bom que não está. Iolanda, na próxima vida, não se destrua desse jeito.

Fiquei atônita por um momento, abri a boca e, em silêncio, disse:

"Tudo bem."

O carro parou à beira do mar.

Mário não desceu imediatamente.

Ele segurava o volante, e suas mãos tremiam.

Ambos sabíamos que, ao sairmos do carro, seri
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