O carro corria velozmente, e os reflexos do lado de fora da janela passavam apressados como sombras fugazes.
Mário cerrava os dentes, com a mandíbula tensa e afiada.
Ele estava extremamente nervoso, com os olhos fixos na estrada à frente.
Eu queria dizer a ele que não precisava dirigir tão rápido, que eu não tinha pressa.
No segundo seguinte, como se Mário pudesse ouvir os meus pensamentos, ele reduziu a velocidade.
Ele sorriu e disse:
— Estamos quase lá, Iolanda. Você está com medo?
Havia uma emoção em seus olhos que eu não conseguia decifrar.
Balancei a cabeça: "Não, não tenho medo."
Mário curvou os lábios em um sorriso satisfeito e disse, aliviado:
— Que bom que não está. Iolanda, na próxima vida, não se destrua desse jeito.
Fiquei atônita por um momento, abri a boca e, em silêncio, disse:
"Tudo bem."
O carro parou à beira do mar.
Mário não desceu imediatamente.
Ele segurava o volante, e suas mãos tremiam.
Ambos sabíamos que, ao sairmos do carro, seri