Quando, emocionada, eu estava prestes a contar a verdade para Dimitri, lembrei que ele já tinha me bloqueado há muito tempo.
Ele disse que eu era cruel demais e não queria ter mais nada a ver comigo.
Por isso, só me restava procurá-lo pessoalmente. Mas, no caminho, sofri um acidente de carro e morri na hora.
Agora, pensando bem, percebo como fui ingênua.
"Na cabeça dele, Míriam é pura e inocente. Como ele poderia acreditar que ela foi a responsável pela morte da mãe dele?"
Um toque de telefone me tirou de meus pensamentos.
O rosto sempre frio de Dimitri mudou ao ver quem estava ligando. Uma expressão complexa tomou conta de suas feições.
— Dimitri, amanhã é o dia do memorial da mamãe. Vamos juntos?
— Vamos. Eu passo para te buscar.
— Tá bom. — De repente, ela hesitou. — E a Iolanda? Ela vai?
O semblante de Dimitri escureceu instantaneamente, e ele respondeu friamente:
— Ela já morreu.
Depois de encerrar a chamada, Dimitri deu meia-volta no carro repentinamente.