Capítulo 58 - Frágil

- Devo concordar - Não precisei olhar para saber que seus olhos estavam em meu rosto

- Tão perto, mas tão longe.

Senti toda a intensidade de suas palavras e me tornei ainda mais frágil. Seus olhos brilhavam apenas iluminados pela luz fraca que vinha da varanda e a intensa que refletia da lua. Tive de me conter para não tocar seu rosto e depois passar a mão em seu cabelo lindamente desalinhado.

- Isso está me matando, sabia? - Murmurei - Ficar tão próxima de você e tentar esquecer o que eu... O que eu sinto.

- Não precisa, porque isso está me matando também - Deu mais um passo em minha direção. A distancia entre nós era quase nula.

- Estou começando aceitar a dor e acho que deveria fazer o mesmo - Pousei uma mão em seu peito impedido que ele se achegasse mais -Por mais que seja o que queremos, nunca vai dar certo.

- Não vai dar certo se nós não quisermos - Coloquei um dedo sobre seus lábios.

- Não somos mais crianças e para mim tudo isso é só um desejo passageiro.

- Se for um desejo, q
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