— Você está cheirando café. — Ele ergue uma sobrancelha me encarando duvidoso.
— A culpa é sua. — Resmungo. — Me assustei com a mensagem e acabei derramando tudo, corri tanto para chegar até aqui que mal troquei minhas roupas.
— Minha culpa? Eu não tenho culpa de nada. — Se defende. — Não fui eu que quis compensar todos os anos perdidos em alguns meses. — Debocha.
O encaro com irritação.
— Se acalme. — Ergue as mãos na defensiva.
Passo as mãos nos cabelos e no rosto tentando pensar, mas neste momento nem isso consigo fazer com clareza.
— Diz que você está brincando, por favor, Lourenço. Fala que você só queria me ver no desespero que me encontro agora. — Aperto as mãos nos olhos me sentindo desnorteado. — Eu acho que alívio vai ser t&atil