Três anos depois.
O vento gelado de dezembro bate contra meu rosto. O chapéu posicionado milimetricamente sobre minha cabeça ameaça sair com a brisa forte, mas permanece em seu devido lugar enquanto caminho entre as pedras.
Em silêncio e com os pensamentos longe troco os passos lentamente sobre a neve que recobre o chão. As árvores altas e de copas grandes deixam aquele lugar um pouco mais apresentável, bonito e digamos que sofisticado, mas ainda triste e pesado.
O dia nublado não torna as coisas mais fáceis, apenas me deixa mais ansioso e preocupado. A mais de dez anos não venho aqui e sei que estou em falta com ela, mas também sei que lhe devo sérias satisfações.
Com um suspiro pesado e a mente borbulhando pensamentos do passado e presente, enfio as mãos no bolso do sobretudo tentando me aquecer, não do frio