No final da tarde arrumei minhas unhas que estavam horríveis. Enquanto tirava os borrados de esmalte, meu telefone tocou. Era minha mãe, ou talvez meu pai.
- Filha, sou eu, Cândida.
- Oi, mãe... – eu ri. – Eu sei que é você...
- Como está?
- Bem, mamãe. E vocês? Fazia tempo que não ligava.
- Eu e seu pai estamos bem. Quando virá nos visitar?
- Assim que der, eu prometo. Estou trabalhando na empresa ainda... Longe de tirar férias por enquanto. Mas eu não perdi o endereço de vocês. Estou com saudade.
- Este lugar é maravilhoso, minha filha. Um pedaço do paraíso na terra. À noite não ouvimos nada... Somente o silêncio da mata. Seu pai mandou fazer um açude enorme. E iniciamos uma plantação de milho. Seu pai acha que vamos vender este ano.
- Que ótimo, mãe. Fico feliz em saber que vocês estão bem e vivendo a vida que sempre desejaram. Prometo que assim que tiver tempo, vou aí ver vocês.
- Para nossa felicidade ficar completa, só falta você. Estamos com muita saudade.
- Eu também. Mas logo