capitulo 6

Depois da conversa com Daniela comecei a entender as coisas que estavam na minha cara e eu não percebi, quando acabou meus compromissos do dia desci por sorte era a mesma hora que Verônica saia, e eu estava disposto a oferecer uma carona a ela até em casa, desci e fiquei no saguão, passou uns minutos e nada e nada dela, lembrei que ela iria passar no RH fui até o elevador novamente quando cheguei no andar do RH fui devagar até a porta pois sabia que ela estava por lá o lugar já estava vazio  cheguei perto da porta e ouvi tudo o que Dominique estava falando com Verônica e fiquei assustado com tanta mentira, abri a porta e a encarei sem dizer nada, Verônica estava nervosa quando me encarou vi que ela tinha tristeza em seu olhar, acho que o que sinto por ela é recíproco mas ela queria sair daquela situação que Dominique causou a todo custo, depois  que ela saiu da sala, olhei para Dominique que me encarava com um sorriso sínico " Depois conversamos " sai correndo e consegui entrar no mesmo elevador que ela, ela disse várias coisas e tive a certeza que ela gostava de mim também, então precisava resolver esse assunto com Dominique, a porta se abriu deixei que fosse sem dizer nada, apertei o botão do elevador e voltei até o RH quando  abriu a porta dei de cara com ela " Volta preciso falar com você " Ela estampou um sorriso e voltou sem dizer nada, entrou em sua sala acendeu a luz e em silêncio me olhou esperando que eu falasse " Eu fiquei bobo quando me falaram hoje que você anda dizendo por aí que eu e você namoramos, confesso que não acreditei mas chegando aqui hoje, agora pouco tive certeza pois você estava falando a mesma coisa com Verônica, Dominique você está ficando louca ? Ela me olhou com seus olhos azuis e veio andando até mim " Carmo, eu só queria mudar sua reputação pois falam que você é gay". E se fosse ? O que você tem a ver com isso o que tem isso demais ? Ela riu  " Eu não queria isso e a Verônica está confundindo as coisas,não ver como ela te olha ? Logo ela uma faxineira.

    Passei a mãos no rosto já estava nervoso com aquela situação " Olha Dominique eu não tenho nada com você e não tem nenhuma vontade em ter, e enquanto a Verônica deixa ela por que se tem alguém interessado aqui sou eu, e não me importa se ela é faxineira, lixeira nada me importa eu gosto dela e pronto e eu não quero você tentando me dizer se eu devo ou não ficar com ela, está me entendendo ? O sorriso que estava em seu rosto sumiu, virei minhas costas e sai andando " Carmo "  parei cerrei meus pulsos e me virei para ouvir o que ela tinha a dizer " O que viu naquela preta ? Acha que ela faz seu tipo? Acha que ela é digna pra ficar só seu lado ? Toda mulambenta com cabelos sarará". Primeiro Dominique pra você é senhor Dell Rei não admito nem você nem ninguém me chame assim aqui  essa empresa, outra ela é preta a cor mais linda que já vi os cabelos dela não tem nem comparação com seu. Eu poderia ficar ali e dar mil motivos para mostrar que Verônica é uma pessoa melhor que ela mais preferi ir embora, sai da empresa já estava escurecendo, meu carro já me aguardava agora são dois carros um eu dirijo sozinho e o que vem atrás de mim são meus dois seguranças. A sorte parecia estar ao meu lado estava passando pelo ponto de ônibus quando a vi pelo visto ela tinha perdido o ônibus, apertei minhas mãos no volante prendendo o sangue pensando no que eu poderia fazer, e quando dei por mim estava buzinando para ela com o vidro aberto, vi uma vaga e estacionei, ela não reconheceu quem ela conhece que a da em um Jaguar f-type branco ?  Encostei meu carro em um lugar proibido, abri a porta e fiquei em pé e chamei pelo seu nome, ela olhou e sorriu e veio até mim um pouco sem graça " Aconteceu algo senhor Dell Rei ? " Se ela soubesse o quanto me sinto velho ouvindo ela me chamando assim " Não vi que perdeu o ônibus, quer uma carona ?  Ela se espantou com o convite e negou na mesma hora com a cabeça " Claro que não senhor, eu moro longe não posso te dar esse trabalho". Não é trabalho Verônica estou te oferecendo carona,entra aí vou adorar conhecer seu bairro ( como se ja não conhecesse ) Ela me encarou e sorriu, cedeu ao meu convite, ela entrou no carro e eu acelerei pois estava em um lugar proibido para carros, eu só havia pensando na possibilidade de fazer o convite o que falaria com ela daqui pra frente eu já não sabia bem o carro estava em silêncio ela parecia muito nervosa não sabia o que estava fazendo ali, decidi quebrar o gelo ela precisava ver que sou uma pessoa legal " Gosta de ouvir música ? " Ela sorriu e disse que sim " Quer escolher alguma ?  Ela respondeu que o que eu quisesse estava bom ela era bem eclética, coloquei algo pra tocar alguma música internacional melhor dizendo, fui do centro ao bairro dela fazendo várias perguntas de início que estava um pouco envergonhada mais aos poucos foi se soltando, ela era bem extrovertida me contou da sua vida e fiquei ainda mais admirado. " Olha Verônica " ela me interrompeu " Ver" pode me chamar de "Ver " sorri envergonhado acho que fiquei vermelho pois senti minhas bochechas queimarem. " Tudo bem então, Ver, eu ouvi o que Dominique te disse hoje, quero dizer que é mentira eu não tenho nada com ela nunca tive nada com ninguém na empresa, todos meus relacionamentos foram fora dali. " Ela me encarou sério acho que não acreditou muito no que eu estava dizendo " Eu fui ao seu encontro no RH mais quando eu ouvi aquilo e vi que te afetou eu voltei para falar com ela precisava deixar claro pra ela algumas coisas pois estava confundindo muito.  " Senhor Dell Rei " foi minha vez de interromper  "Me chame de Carmo, ou Dell senhor me sinto com 80 anos "  ela sorriu e concordou  " Dell ( isso garota )  eu não quero passar nenhum mau entendido entre ninguém só preciso do meu emprego.". Calma, seu emprego está mais do que garantido pode ficar tranquila enquanto a isso, diz uma pessoa que está na cara e já que está tão na cara eu vou ser logo cara de pau e falar, Verônica eu gostei de você e isso ficou claro pra todos. Ela me olhou assustada e sorriu sem graça  eu estava nervoso não sabia o que ela iria dizer " Eu também, só tenho medo em perder meu emprego, e quando Dominique falou aquilo pra mim sei lá me senti estranha. " Eu fiquei em choque com a resposta que ela tinha me dado, era recíproco " Mas ... Vamos com calma ? Devagar ? " Concordei na mesma hora com ela   Com calma e devagar repeti pra alto o que ela tinha dito, eu estava feliz com aquilo, chegamos ao bairro dela pedi para que ela me mostrasse o caminho até a casa dela, mas ela pediu para parar um pouco antes por causa dos pais concordei, quando chegamos perto estacionei o carro um pouco longe de sua casa " Se você soubesse o quanto estou feliz,poderia me passar seu telefone ? " ( Isso era a única coisa que não tinha em sua ficha ) " Eu não tenho um número"  olhei assustado pra ela, como uma menina de 25 anos não tem um telefone " Meu celular quebrou a pouco tempo,como estava desempregada fiquei sem quando preciso fazer algo uso o celular da minha mãe ou o computador, sou a moda antiga uso email para de comunicar " Ela estava totalmente sem graça " Eu posso te dar um celular "  ela me olhou sério " O que eu disse para irmos com calma ? "

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