Camila voltou para o quarto de hospital da avó. Maria, ao ver o rosto pálido da neta, perguntou preocupada:
— O que houve, minha filha? Por que essa cara tão abatida?
Camila balançou a cabeça, caminhou até a cama da avó e sentou-se ao lado dela. Segurou a mão dela e, forçando um sorriso, começou a conversar.
Maria, impaciente como sempre, não esperou muito e logo puxou o braço de Camila, dizendo:
— Vem comigo, vamos sair um pouco.
No corredor, Maria encarou-a nos olhos:
— O Lucas te maltratou de novo?
— Não.
— Então, quem te aborreceu? Eu sou sua mãe, não sou? Se não contar para mim, vai contar para quem?
Maria estava visivelmente irritada.
Camila respondeu com tranquilidade:
— O pai do Lucas veio falar comigo.
— O Enzo te pressionou?
— Ele pediu para que a gente se divorcie.
Maria soltou uma risada irônica:
— Quando o Lucas estava numa cadeira de rodas, incapaz de andar, o Enzo não te pressionou a se divorciar. Agora que o Lucas voltou a andar e a correr, ele vem te forçar? Que falta