Enzo foi alvo das insinuações e críticas afiadas de Caio durante o jantar.
Ele se sentiu sufocado, mas não podia rebater diretamente. Afinal, Caio era o diretor do Departamento de Cultura, e eles teriam muitas oportunidades de trabalhar juntos no futuro.
Engolindo a irritação, Enzo descontou na bebida. Não demorou muito para que o álcool subisse à cabeça.
Após o jantar, ele foi ajudado pelo assistente a entrar no carro. Assim que se sentou, com a língua já enrolada, começou a desabafar:
— Esse Caio... Ele também veio de baixo, só chegou onde está porque o sogro o ajudou. Sem o sogro, ele não seria nada. E ainda tem coragem de dar lição de moral em mim, bancando o superior.
O assistente tentou acalmá-lo:
— Caio bebeu demais, Sr. Enzo. As coisas que ele disse não devem ser levadas tão a sério.
Enzo, com dificuldade, arrancou a gravata com uma só mão:
— Ele e Camila são iguais. Diz que está defendendo Camila, mas no fundo está descontando as próprias frustrações. Fica falando em patriotis