Os aplausos demoraram a cessar. A mulher de feições pontiagudas, porém, voltou a falar com seu tom sarcástico:
— Só sabe copiar? Isso qualquer um com o mínimo de noção de arte consegue fazer. Quero ver criar algo próprio, com estilo próprio. Isso, sim, é talento de verdade.
Camila nem sequer conhecia aquela mulher. Mas ela sabia que, por trás dela, devia haver alguém puxando as cordas. Quem era não importava; todas essas pessoas eram apenas degraus no caminho de seu sucesso. O engraçado era que algumas pessoas, apesar de serem verdadeiros palhaços, ainda acreditavam que eram os protagonistas.
Com um sorriso tranquilo, Camila respondeu, olhando diretamente para a mulher:
— Na verdade, acho que criar é mais fácil, porque você pode seguir o seu coração e pintar o que quiser. Já copiar exige muito mais. Você precisa se colocar no lugar do artista original, entender o que ele sentia, seu estado de espírito, sua intenção e o estilo que ele queria transmitir. Quanto a mim, escolhi copiar