Olívia
O som de conversas e de passos no corredor a despertaram de seu cochilo. Depois do que aconteceu, Olívia não conseguiu dormir, se sobressaltava a qualquer som e acordava assustada dos cochilos breves.
Todo seu corpo estava dolorido pela violência que sofreu.
Não se importava consigo, estava preocupada com o bebê, conhecia os riscos de um aborto logo nos primeiros meses de gestação e temia que corresse algum risco quando viu o sangue que corria por entre suas pernas durante o banho.
Quando ele saiu de seu quarto, correu para o banho ao sentir a umidade quente e fluida em sua intimidade.
Naquela manhã ainda sangrava um pouco e decidiu enfrenta-lo para consultar um obstetra, poderia ser diversas complicações ou até mesmo uma expulsão do feto decorrente do que ele fez.
Olívia guardou toda a sua dor, a humilhação e tristeza em uma caixa no fundo de seu ser. Seus olhos se marejavam ao pensar naquilo.
Se sentia usada, uma mercadoria barata feita para satisfazer as nec