Ele faz um longo percurso e eu permaneço calada. Não tenho o que falar ou discutir, e creio que o que ele menos queira agora, é falar comigo depois de tudo.
Encosto minha cabeça na lateral do carro, observando a cidade passar diante dos meus olhos. Eu nem tive tempo de explorar antes de ir embora. Tia Camila já me mandou inúmeras mensagens perguntando se estou bem, e eu ainda nem sai da cidade.
Mavi: falta muito? - pergunto sentindo o tédio tomar conta de mim.
Badá: não tem nem uma hora que saímos de lá. Está muito longe ainda!
Mavi: Aí Badá, eu não vou conseguir passar tanto tempo sentada. Porque não foi de avião? Eu poderia ter ido no próximo voo.
Badá: O próximo voo é só amanhã.
Mavi: mas de qualquer forma só vamos chegar ao rio amanhã. - ele bufa batendo o polegar no volante - quero pular para o banco de trás. Estou caindo de sono!
Badá: a gente para em algum lugar pra dormir.
Mavi: agora?
Badá: quer dormir agora?
Mavi: sim. - ele vira o rosto me encarando sério e passa a lí