— O quê? — perguntei, mantendo a expressão neutra, mesmo sentindo o gelo escorrer pela minha espinha.
— A florista — repetiu, observando-me com interesse. — Eu descobri sobre as dificuldades que você está tendo para construir o novo shopping. Parece que uma dona de floricultura se recusa a vender o espaço, e isso está atrasando todo o projeto. Por um segundo, minha mente ficou completamente vazia. Então, como uma pancada, a lembrança veio. A floricultura. A papelada que eu havia recebido semanas atrás, sobre um espaço pequeno, mas bem localizado, cuja dona se recusava a vender. O projeto milionário, travado por uma única loja de flores. E a dona era Lila Prescott. De todas as formas em que eu poderia me lembrar dela, aquela havia sido a última que minha mente iria buscar. Eu nem tinha associado as duas coisas. O rosto dela surgiu na minha mente—os olhos vibrantes, a forma como mordia o lábio quando se co