Miguel Ylmaz
Eu não sabia exatamente o que estava esperando quando entrei na sala da Anny, mas a cena diante de mim acendeu algo primordial no meu peito. James estava segurando o braço dela, com aquele olhar asqueroso, como se tivesse algum direito sobre ela. E Anny, mesmo lutando como uma guerreira, parecia vulnerável naquele momento.
Minha visão ficou turva. Tudo o que consegui pensar foi: ninguém machuca o que é meu.
Caminhei até ele em passos calculados, sentindo o peso frio da arma dentro do meu paletó. Eu não precisava de palavras. Meu olhar bastava.
— Solte-a — disse, a voz baixa, mas firme.
James hesitou, mas o medo em seus olhos já denunciava que ele sabia que tinha cruzado uma linha perigosa. Ele soltou Anny, mas não rápido o suficiente para o meu gosto.
Eu me aproximei ainda mais, sentindo a adrenalina pulsar em minhas veias. Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, um movimento periférico chamou minha atenção.
Um dos meus homens. Luiz. Ele havia entrado na sala sem m