Capítulo Cento e setenta e sete

Aurora Duarte Ricci

Saí da sala do Theo com o coração apertado. As palavras dele ainda ecoavam na minha mente, mas eu precisava manter o foco. Caminhei até o estacionamento, onde o carro me esperava. Através do vidro, vi Aline, a babá, sentada no banco de trás com meu filho.

— Senhora, aconteceu algo? — perguntou Aline, preocupada.

— Estou bem, Aline. Vou deixar vocês no hotel e depois preciso resolver uma coisa.

O motorista dirigiu em silêncio. Assim que chegamos ao hotel, Aline desceu com meu filho. Dei um beijo em sua testa antes de vê-los entrar no saguão. Meu coração apertou mais uma vez, mas eu precisava seguir.

O carro seguiu para o presídio. Meu estômago revirava só de pensar no que estava prestes a fazer. Quando entrei na sala de visitas, lá estava ele, o pai do Theo.

— Você!—exclamou ele, me reconhecendo imediatamente.

— Me reconhece? — perguntei, firme.

— Reconheço. Não consigo esquecer, já que estou aqui por sua causa.

Revirei os olhos, mantendo a calma.
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