Amber
Eu encostei a cabeça na parede fria do quarto, tentando ignorar a ardência em meu rosto. O tapa de Anny ainda ecoava em minha mente, mas era o olhar de desprezo dela que doía mais. Eu sabia que não era bem-vinda ali, mas precisava manter a calma pelo menos por enquanto.
O som da maçaneta girando me trouxe de volta à realidade. Antes que eu pudesse reagir, Ester entrou no quarto e trancou a porta atrás de si, sua expressão carregada de raiva e impaciência.
— Eu não te tirei daquele cativeiro para você agora dar uma de assassina — ela sibilou, a voz baixa, mas afiada como uma lâmina. — Como você pôde machucar a filha do Lorenzo?
Meu coração acelerou. — Então a Camila já sabe que fui eu.
— Claro que sabe — ela cruzou os braços, me encarando como se eu fosse uma criança desobediente. — Um dos seguranças viu o que você fez. Eu não suportei todos esses anos, quase morri pelo Lorenzo, para agora você estragar os meus planos. Sei que você quer o Lorenzo, Amber, mas não vai ser as