Ele pronunciou duas palavras e de repente se sentiu um tanto inseguro, hesitando no ar.
Continuei fazendo o que estava em minhas mãos, havia certas palavras que eu não podia dizer de forma espontânea. Agora, eu era a vítima, não fazia sentido eu dar conselhos a ele.
Nesse momento, ouvimos batidas na porta e ambos ficamos surpresos.
Vitor deu passos largos em direção à porta e a abriu, nem mesmo eu havia imaginado que fosse Eunice quem estava chegando.
Eunice entrou, bateu a porta com força e, em voz alta, gritou para Vitor:
- Vitor, você é um fodido desgraçado! O que eu deveria dizer sobre você? Ah?
Vitor conhecia o jeito direto de Eunice e, sabendo da relação próxima entre ela e eu, não ficou surpreso com a atitude dela.
Pelo contrário, Vitor abaixou a cabeça, demonstrando submissão, e assumiu uma atitude sincera, como deveria ser quando se comete um erro.
- Eu já não te avisei para tomar cuidado e não ficar se envolvendo com outras mulheres lá fora? Como você pode fazer isso? Ah? -