- Chega! - Se ouviu o grito de Vitor, enquanto eu olhava de relance para seu rosto bonito, que agora estava feio de raiva, dor e um pouco de desamparo. - Todos calem a boca!
Seu grito estava um tanto histérico, o que me fez sentir um certo desprezo. Mentalmente, murmurei: "Por que não fez isso antes?"
- Vitor, você está cego? Não viu ela me batendo? Ela está me intimidando na frente de todo mundo, e você fica aí parado? - Joyce apontou para mim, protegida por Amadeu atrás dele, gritando. - Amadeu, você ficou maluco? Você não sabe quem paga seu salário aqui?
Puxei Amadeu para o lado e encarei Joyce, não recuando.
- Eu fui quem te bateu, e se você continuar agindo assim, vou bater de novo!
- Você se atreve! - Joyce gritou para mim.
- Pode tentar!
Eu dei um passo ameaçador em sua direção. Eu pensava: "Eu não tinha coragem de te bater quando estava grávida, agora é totalmente diferente!"
Eu estava esperando por esse momento. Daqui para frente, sempre que tivesse a chance, eu a acertaria.