O peso da consciência e o medo

Mas quando o sol raiou ela ficou em pânico ao imaginar como olharia agora e doravante para o rosto do Betinho. O seu pavor nesse sentido justificava-se pelo facto quase comum e esperado nessas circunstâncias; pois os homens e as mulheres sentem-se embaraçados diante da pessoa com quem se envolveram pela primeira vez sem consentimentos. Só que para ela não havia só vergonha, estava também imiscuído algum medo do futuro. O medo que sentia de ser expulsa de casa pela prima e ser discriminada pela sociedade em que fazia parte; para ela, viver na rua, levando uma vida desregrada, seria pior que a vergonha de ver o Betinho depois do ato que a tinha baixado muito fundo na arena humana e social. Sentia-se mal, quando imaginava o futuro, um mal-estar geral percorria o seu corpo; pior porque não sabia que comportamento adoptaria, nesse dia, diante do Betinho e do resto das pessoas desse mundo. Mas nesse dia ela não viu o Betinho a sair da casa. Surpreendeu-se quando descobriu mais tarde que,

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