-Estás muito calada. Estás bem?
Amber olhou pela janela do carro enquanto o sol se punha no horizonte.
-Não consigo deixar de pensar...
Ele pegou-lhe na mão.
-Pode dizer-me o quê?
-Se prometeres não te zangares outra vez?
Marco olhou-a interrogativamente. Tinha-se esquecido de que ficara aborrecido quando ela falara do trabalho.
-Sinto muito. Mas eu não estava zangado. Confesso que consigo perceber o que se passa contigo em relação a este trabalho, não é fácil separar as coisas e provavelmente vamos ter de continuar a trabalhar nisso.
-É bom saber isso. Às vezes é difícil para mim saber o que estás a sentir?
Não estou habituada a ter de... não sei... explicar-me, moderar o meu temperamento...
Ela sorriu-lhe.
-Acho que percebo. É bom falar sobre isso.
-Bem... podes dizer-me o que estavas a pensar?
-Bem, tem a ver com o que disseste, sobre separar as coisas. Senti-me culpado por ter traído a tua família...
-Eu percebo...
-Mas não me estou a queixar, não me interpretes mal... -Eu sei que