Arthur
Partimos ao anoitecer e enfrentando um aeroporto agitado, pois essa época é de alta temporada no sul do país. Pessoas em busca de frio, boa comida e paisagens paradisíacas para usufruírem a dois ou em família, como é meu caso.
Família.
Sinto uma vibração gostosa quando penso em nós três dessa forma, sem que pareça errado. A cada dia, o sentimento de deslealdade para com Guilherme ameniza, pois se fosse ao contrário, onde eu estivesse torceria para que meu irmão tivesse a sorte de tê-las em sua vida.
– Tio “Atú”! Olha! – Rebeca me mostra as luzes da cidade ficando cada vez menores, enquanto ganhamos o céu. – É pisca-pisca, mamãe?
– Não, meu bem. São as casinhas muito longe de nós, lá no chão.
– A gente não cai?
– Não, somos pequenos voadores de metal agora. – Aviso, tentando deixar a situação extraordinária para que ela não tenha medo.
Achamos graça quando sua boquinha se a