Catarina
Abro os olhos e por alguns segundos tenho certeza de que estou vivendo o apocalipse. Os sons ecoam e posso afirmar que pessoas estão voando enquanto são arrebatadas.
Eu provavelmente estou em uma descida cavalar para o inferno, enquanto o tridente do capeta espeta minha cabeça sem dó, ao mesmo tempo em que me dá pequenas doses de enxofre para beber.
Sim, com certeza é isso.
O enjoo vem tão forte, que apenas ouço coisas serem derrubadas pelo caminho, enquanto tento alcançar meu banheiro. Ótimo!
Não era o apocalipse. Apenas meus órgãos entraram em revolução e exigem emancipação do meu corpo. Essa teoria também me parece plausível.
Alcanço a descarga, quando ouço uma leve batida na porta e a única voz que eu definitivamente não imaginava ouvir nesse exato momento.
– Catarina, está tudo bem?
Arthur?
Eu não respondo, certa de que é alucinação, o que me leva a terceira teoria. Estou doente