— Ser um fantasma é um saco — reclamou.
— Gostar de um fantasma é um saco — retruquei.
— Você gosta do Gabe — murmurou, mudando de assunto.
Apertei mais os meus braços envolta das minhas pernas, querendo manter tudo aquilo ainda mais contido.
— Ele é a coisa mais normal que tenho em minha vida agora — disse.
— Sua família é normal — contra argumentou, começando a ficar com ciúme.
— Minha família é feita para me amar, está no trato de família.
— Ele é simplesmente comum — falou, como se aquilo fosse ruim.
— Acho que é por isso que eu gosto dele. Ele é perfeitamente comum, tem a mais gostosa risada que eu já ouvi desde que você se foi — declarei, lembrando do nosso tempo juntos. Gabe me fazia sentir normal e nesse momen