Crepusculo Branco
Crepusculo Branco
Por: Wagner Motta Raknay
Crônicas do Vampiro-Dragão | Tomo 1

Dizem que imortais, magia e segredos são lendas...

Crepúsculo Branco

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PROLOGO

Romênia. Subúrbio de Brasov.

Ela verifica os últimos itens da sua perigosa viagem, certa que realmente se lembrou de tudo.

Uma preparação para a vida toda, a missão de sua vida.

Não poderia esquecer nada.

Mas seu irmão, ainda tenta a fazer mudar de ideia.

“Waneska, minha irmã, pelo que você disse, essa viagem vai ser perigosa até demais. Tudo bem que conhecemos segredos que muitos matariam para saber ao menos uma página, mas eu acho que, nesse caso, sua negligencia e absurda!

Seu irmão conseguia ser bem insistente.

“Leve ao menos um servo, peça um emprestado, muitos dos Condes iriam adorar lhe proteger.”

“Escute irmão” Waneska agora ficou aborrecida de verdade. “Você está nessa conversa há semanas. Cansei de ouvir essa choradeira, qual parte do nosso acordo você esqueceu?”

O jovem de cabelos claros e ondulados, de olhar matutino, contrariado, teve que ser lembrado da sua teimosia.

Waneska, a esbelta mulher de corpo voluptuoso, curvas gentis e cabelos negros como a noite, olhos azuis mas cintilantes como perolas e andar firme, daqueles que se leva uma vida para adquirir e senhora do seu destino, continua arrumando as últimas malas.

Celulares, laptop, cartões de crédito, fetiches de magia, livros de feitiços ocultos, flash-drives, roupas para diversas ocasiões, caixas de materiais e uma agenda muito útil, por via das dúvidas, todo o material que podia ser lido, tinha uma cópia no seu tablet e nos flash-drives, com senha claro.

Seu irmão contrariado resolveu fazer o almoço de despedida, ao menos ela ia saborear um pouco mais das guloseimas Romenas, antes de se meter no mundo para uma aventura pouco produtiva (na sua opinião).

Waneska sorriu ao perceber sua intenção e procurou logo acabar sua bagagem.

Os aviões atualmente estão ainda mais pontuais e seguros do que costume.

“Como sua pressa é grande, só consegui cozinhar mesmo esse doce”

“Que delícia! Obrigado irmãozinho!” Waneska apreciou calmamente.

O jovem não conseguia disfarçar sua insegurança.

A jovem feiticeira não conseguia se aborrecer, mas sua missão era algo a ser feito.

Algo que finalmente os olhos de ambos não podiam mais negar, era chegado à hora da despedida.

“Qualquer novidade, assunto, ajuda ou informação, eu vou estar aqui pra lhe ajudar. Comunicação de internet, telefones, cartas, tudo! Eu preparei um batalhão de ajudantes para um serviço de emergência, prometa pra mim que você vai se cuidar”

Seus olhos estavam à beira das lagrimas.

“Sim, juro que vou voltar viva, inteira e poderosa, como sempre.”

Devia ser a milésima vez que a cigana prometia isso ao seu irmão, quando seus pais morreram, eles o fizeram jurar que ia cuidar da irmã mais velha, que tinha um espírito próprio para aventuras e imprudências exageradas.

Embora parecesse mais o contrário, mas ele sempre foi um irmão carinhoso e sincero.

Chegou a hora.

O carro para o aeroporto finalmente chegou e os empregados da casa, que já tinham levado a bagagem para o veículo, vieram se despedir de Waneska, ela entrou no veículo ainda se despedindo de todos. Para todos, ela sempre foi e será sua pequena dançarina.

Seu irmão, Yulo, como um bom cão de caça preocupado, ainda tentava pedir que ela ficasse e desistisse dessa loucura.

“Irmã, você está certa dessa viagem, de verdade” Yulo resmungou.

“Sim, claro que estou! Irmão, eu já fui e andei o mundo quase todo, o que dessa vez ia ser diferente?”

“Mas você viu as previsões completas, dessa sua maluquice?”

“Claro. Fui eu que as fiz. Outras Kakú mais velhas do que eu confirmaram, não tem erro.”

“Eu as li três vezes, é perigoso.”

O alerta de Yulo era sua última tentativa.

“E você está sendo protetor demais, que amor, mas eu tenho que ir. Me dê um beijo e cuide-se.”

Waneska abraçou o irmão como a um príncipe, que de certa forma ele era.

Finalmente ela entrou no carro, dando o último adeus.

Ouviu pacientemente o ultimo lamento do seu irmão, e finalmente, com um último beijo, foi-se ao seu encontro, com o destino da sua vida.

O motorista que era um amigo, Victor, ficou muito curioso.

“Pequena Waneska, porque seu irmão está tão preocupado? Já levei você tantas vezes ao aeroporto, que acho que você já deu algumas voltas ao mundo. Nunca vi mulher tão responsável, e sinceramente eu não entendo a diferença nessa viagem.”

Victor ligou o rádio do carro.

“Minha querida, você pode explicar a esse velho amigo, porque Yulo está assim?”

“Ninguém lhe disse da previsão, Victor”

Waneska ficou surpresa.

“Sei muito pouco, andei bastante ocupado, só alguns boatos. Mas sei que você vai receber é ajudar um novo Vampiro, estou certo?”

“Não apenas um, mas, um dos maiores...”

Ela não conseguir esconder seu orgulho.

“Exatamente aonde você irá agora, minha pequena”

Os olhos de Victor arderam de curiosidade.

“Califórnia, Estados Unidos. Mais precisamente Sacramento.”

Até mesmo Vitor sabia o que significava, mesmo na distante Romênia, Sacramento era conhecido como o lar dos vampiros norte-americanos.

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