Esperei por uma resposta após bater à porta do apartamento da minha mãe, mas o silêncio persistia. Já fazia uns cinco minutos que eu estava ali, parada, começando a me perguntar se ela estava me evitando. Resolvi testar a maçaneta e, ao descobrir que a porta não estava trancada, empurrei e entrei.
— Mãe?
Nenhuma resposta.
— Tem alguém em casa?
Apenas silêncio.
Estava claro que o apartamento estava vazio. Talvez ela estivesse no trabalho, mas o cheiro dela... Estava quase ausente, tênue demais, como se fizesse dias que não passava por ali. Eu já começava a me adaptar aos meus sentidos aguçados e, por isso, notava essas sutilezas com facilidade.
Franzi a testa, intrigada, e fui até a geladeira, procurando qualquer bebida que me ocupasse por alguns minutos. A simples ideia de voltar para o meu lar me incomodava, pois, ali, eu me sentia presa. No entanto, ao abrir a porta, encontrei apenas o vazio. Estranho.
Afastei aquela sensação estranha e saí do apartamento, fechando a porta exatamente