Lúcia Mendes
Entramos na suíte presidencial com as luzes já baixas e o cheiro delicado de flores brancas. O hotel tinha preparado tudo: pétalas no chão, champanhe gelada em um balde de prata, uma cama king coberta por lençóis de algodão que pareciam nuvens. Ele empurrou a porta com o pé e me colocou no colo de novo, atravessando a entrada sem me deixar encostar no chão.
“Com o pé direito, chaveirinho.” murmurou, com aquele meio sorriso que sempre me desmontava. “Não quero que dê azar.”
Eu ri, apertando os braços ao redor do pescoço dele. “Já não basta a superstição da minha mãe, agora você também?”
“Alguns rituais valem a pena.” Ele respondeu com um sorriso de canto, empurrando a porta com o ombro enquanto atravessava o quarto comigo ainda em seus braços.