— Scott, por que você impediu a Tess de participar do comercial? — Meu avô fala assim que atendo o telefone. Ele nem sequer me perguntou como estou, já foi logo defendendo aquela maldita, mas dessa vez ela vai dar com os burros n'água.— Oi para o senhor também, vovô, eu estou bem obrigado! – ironizo. — Scott, guarde suas ironias pra você. Eu quero saber o que você e a Tess tem realmente e, você vai me dizer! — seu tom raivoso me dá vontade de rir, mas me contenho. — Eu não tenho nada com ela, vovô, nossa única ligação é a criança — ele solta um suspiro do outro lado. — Você não está falando com uma criança inexperiente, Scott, eu quero a verdade, a verdade! — insiste e pelo tom de voz, não vai aceitar qualquer resposta que o desagrade. — Vovô, eu estou dizendo a verdade! Eu e a Esther tivemos um envolvimento, mas foi um momento e nada mais, minha preocupação aqui é com a criança. — Mas se ela dançar, não vai colocar a vida do bebê em risco. Por que tirar ela do trabalho? Eu sa
— Ele teve dificuldades de respirar, seus batimentos também baixaram, Scott, eu estou com muito medo — murmurou chorando. — Calma, mãe, vai dar tudo certo! Meu pai e meu tio estão bem? — Seu pai está tentando parecer forte, mas eu sei que ele está sofrendo, Scott, ele está chorando escondido. Seu tio tem uma hora que está no banheiro. Seu avô é o grande orgulho deles. — Eu sei, meu avô também tem muito orgulho do meu pai, do tio, de todos nós. Meu pai está sofrendo muito. Eu estou indo até aí! — aviso e desligo o telefone.Eu me levanto rápido e vou correndo até o banheiro. — Aconteceu alguma coisa, Scott? — A Sophia perguntou esfregando os olhos. —Sim, meu avô está no hospital. Vesti as roupas correndo. Meu coração está batendo rápido, o medo de chegar notícias piores está me fazendo perder o foco, tanto que quase derrubo as coisas. — Eu vou me arrumar e vou com você! — levantou-se, mas eu a impedi. —Não. Você pode ficar aqui e continuar dormindo um pouco mais. Eu te ligo as
— Oi Tess eu preciso falar com você! — entro e fecho a porta. — Scott? — Arqueia a sobrancelha — Olha, eu não quero confusão, ok! Eu falei para o avô Henry para conversar com você, eu só pedi, porque é injusto o que você fez comigo. Não tem nenhum perigo na coreografia que vamos dançar no comercial — fala levantando-se. — Eu não estou aqui por isso — respondi com tristeza, como eu gostaria que fosse esse o motivo da minha vinda aqui. — Você pode sentar pra gente conversar? — me olha com receio e volta a sentar na cama. — Eu não vi a sua esposa esses dias, não fiquei atrás de você, e se é sobre o meu passeio com o avô Henry, eu juro que não fiz isso para provocar você. Eu jamais vou usar o avô Henry pra isso. — Também não é nada disso. Ela estreita os olhos confusa. — Aconteceu alguma coisa? — Sim, aconteceu. Esther, eu sei que você gosta muito do vovô, por isso eu decidi vir pessoalmente pra te falar o que aconteceu essa noite — aproximo-me e me sento ao seu lado. — O que aco
"Oi, como vai? Tudo bem? Estou com saudades. Fiquei sabendo que você está chegando, estou muito ansiosa pela sua volta. "Envio a mensagem e fico esperando. Espero por um longo tempo e nada dele visualizar e muito menos responder. Espero por horas e mesmo que ele esteja online ele nem visualiza a mensagem. Meu coração se despedaça. No fundo eu sinto que esse romance que vi nas fofocas da revista pode ser real, mas eu, Esther Christal, não vou permitir que essa mulher tire o meu amor de mim. Derek Scott, o homem da minha vida. Ele se formou com louvor em uma das melhores faculdades de Londres, isso porque escolheu estudar lá, ele também passou em terceiro lugar para Harvard, mas preferiu ir adquirir experiência longe da família. Nós moramos em Detroit, EUA, eu cresci aqui e amo essa cidade. Há algum tempo, aliás, de uns três anos pra cá, o Scott nem responde direito minhas mensagens, ele está muito distante, frio. Eu fico sabendo dele pelo seu Henry, o chefe da família Scott e av
—Mas, mãe, o Scott me ama, eu sei disso. O avô Henry também disse, ele me falou que prefere que eu seja a neta dele, não aquela mulher. Aquela mulher é velha para o Scott. —Falo e minha mãe dá um suspiro. Tenho certeza que ela não concorda.—Tess, ele não ama você. O que vocês dois viveram foi uma história de crianças, ele tinha doze anos. Uma criança não tem noção do que sente. Agora ele é um homem e esse homem ama a Sophia. Você sabe que ela é do mesmo nível dele, eles estudaram na mesma universidade e têm a mesma formação. Esquece esse homem. O Scott não quer nada com você. —Ela tenta me fazer mudar de opinião, mas eu não vou desistir, isso, nunca!—Mãe, eu vou lutar pelo meu amor. O Scott vai ficar comigo no final. —Afirmo com convicção e me viro para o canto da cama. Minha mãe solta um suspiro pesado e sai do quarto. Depois de uma noite muito mal dormida, eu acordo, me olho no espelho me dando conta de como estou péssima, mas já estou quase pronta pra ir para faculdade.—Tess,
—Bom dia, avô —Digo com um enorme sorriso —Então, como está hoje? —Eu estou bem, mas vejo que não melhor que você, né! O que te deixou tão feliz? —Pergunta esboçando uma risadinha de cúmplice. Ele já sabe o motivo da minha felicidade.—Eu finalmente vou começar meu estágio, estou na última etapa do curso, finalmente vou me formar. É um bom motivo, não é mesmo? —Claramente que sim. Então, vamos pra minha caminhada matinal? —Diz segurando no meu braço com carinho. —Vamos. Á propósito, o Lucas já está esperando lá na praça, eles vão gravar um vídeo para o canal hoje. Eles vão se inscrever em um concurso, eu vou dançar com eles. —Digo muito animada. Eu amo dançar, me sinto livre e poderosa quando estou dançando, a dança é uma terapia pra mim.—Olha, então, hoje eu vou ver meu show favorito. Já me coloco como um dos patrocinadores de vocês, eu realmente gosto de vê-los naquele espetáculo. Assim que chegamos na praça, não demora muito e o grupo está completo, o Lucas já me grita, balanç
—Nossa! Tess, você ficou um mulherão com essa roupa, ficou linda, só faltou um belo salto alto, para você ficar ainda mais gata. Se é que é possível. —Tia Louise diz assim que entro pela porta.—Eu não conseguiria ficar de salto alto durante todo o horário do trabalho, tia, eu ainda vou treinar isso, vamos aos poucos. —Respondi rindo e já vejo o Scott descendo as escadas, percebo que ele também parece gostar do que vê. —Bom dia! Gostei da blusa, bem estilosa. —Diz apontando para minha camiseta.—É, eu tinha que colocar algo interessante para parecer a Tess.—É, Scott, ela odeia roupas femininas, vestidos, saias, saltos, acessórios… sorte que ela já nasceu bonita, porque seria difícil arrumar um namorado. —Tia Louise sempre tentou mudar esse jeitinho Tess de me vestir, mas não deu muito certo.—É que eu gosto de me sentir a vontade, não sou fã dessas roupas que me incomodam ou me façam parecer uma Barbie. —Vejo que o Scott me encara.—Então, você acha que as mulheres que gostam de se
—Sim. Ela tem excelentes notas na faculdade e esse estilo próprio dela, ela sempre foi assim. —Respondi enquanto entramos na área privativa.—Então ela já começou o estágio? —Sophia pergunta —Que bom que ela tem vocês para dar essa oportunidade.—Então a garota nova é sua conhecida, Scott? —Bya pergunta, pela cara que faz não gostou muito da Esther —Por isso ela veio vestida com aquela camiseta. Geralmente as pessoas seguem à risca as normas de vestimentas da empresa. —Ela não se importa com isso. Ela geralmente usa roupas bem extravagantes, nunca gostou de roupas muito simples ou menininha. —Digo me lembrando que a Esther sempre gostou de ser livre e ter sua identidade.Ficamos conversando e o almoço passa bem rápido, as últimas horas de trabalho também passam voando.—Vamos, Esther? —Chamo-a, que está parada próxima do meu carro, parece que está ali já faz algum tempo. —Vamos sim. Nossa, Scott eu amei meus colegas de trabalho e também já estou super ansiosa para voltar amanhã. Eu