Enquanto isso na empresa Extreme freedom.
Como em toda e qualquer empresa de grande porte tudo deve funcionar muito bem, nada pode sair do seu devido lugar. Os seus funcionários trabalham cerca de oito horas por dia com direito a descanso de uma hora e folga semanal, por ser uma das maiores empresas do país é muito bem administrada por Liane Alencar, mulher de fibra e de uma personalidade incrível e de extrema competência que tem uma secretária fiel e uma grande amiga que esteve ao seu lado nos seus piores momentos. Liane — Amanda, você só pode estar ficando maluca, como uma mulher se submete a algo assim? — Pergunta Liane incrédula. Amanda — E qual o problema Liane, os homens fazem isso, por que as mulheres não podem fazer o mesmo? O mundo é das mulheres, chefe, é tudo nosso — Questiona a secretária eufórica. Liane — Leiloar homens em um clube de mulheres, Amanda, pelo amor de Deus, coisa ridícula. — Observa Liane com estranhamento. Amanda — Ridículo não Liane, as mulheres têm o poder de fazer exatamente tudo que o homem faz, quantos homens vão às boates ou clubes pagar mulheres para uma noite de prazer ou até os acompanhar? Não é nada ridículo desde que tenha dinheiro e vontade. Você não está morta amiga, bora curtir a vida, só tem 40 anos com muita lenha para queimar, topa ir comigo até lá, pelo menos conhecer o ambiente? — Questiona a amiga de Liane. Liane — Não inventa Amanda, que prazer tem em leiloar um homem para sexo? — Indaga Liane desconfortável. Amanda — Quer mesmo que eu responda Liane? Para de ser mal-humorada chefe, vamos, pelo menos para conhecer o local, beber um pouco e se aparecer aquele gato, gostoso e tirar o fôlego, você arremata, não é comprar para sempre Liane, é só por uma noite ou algumas noites, dependendo do tipo de leilão. — Diz a amiga completamente eufórica. Liane — É claro que não, Amanda é um absurdo, nunca necessitei comprar um homem para sexo. — Ressalta Liane indignada. Amanda — Mas também não pratica desde que o Márcio faleceu, deve está um porão de tanta teia de aranha nessa xot@. — Brinca a amiga de Liane. Liane — Você é ridícula, Amanda, não tenho homem para sexo, mas não fico sem goz@r porque faço isso sozinha, estou muito bem assim, agora para de falar besteira e vamos voltar ao trabalho, temos muita coisa para fazer. — Diz a CEO mudando de assunto. Amanda — Vamos então, as lojas de produtos eróticos devem amar você. — Zomba a secretária. Liane — Vou fingir que não ouvir isso Amanda. — Fala Liane insatisfeita. — Liane e a sua amiga e secretária Amanda volta aos seus trabalhos como todos os dias ao longo desses três anos desde que a Liane assumiu a empresa do marido. As duas se conhecem há um pouco mais de dez anos quando se tornaram amigas, já que o marido da Liane é primo biológico da Amanda, que até aqui é muito fiel à amiga que se tornou sua chefe após Liane herdar o império do marido. Liane mora há poucos metros a empresa em um condomínio privado e luxuoso de Copacabana e sempre foi muito respeitada por ser quem é e por tudo que representa na cidade e no país. As duas possuem uma amizade verdadeira de uma cumplicidade mutua... 💠 Um pouco distante de Copacabana. Como em qualquer subúrbio carioca, na Vila Holanda as pessoas são muitos simples e batalhadoras, lugar que são espaços de resistência, criatividade e inovação. Com uma população vibrante e comunidades unidas, esses locais são um microcosmos da vida cultural do Rio. Ambiente habitado por William que mesmo com tantas dificuldades é feliz e amado, lutando por todos que o rodeiam e ama. Atualmente é extraído do seu trabalho, a única fonte de renda da família Gomes Vieira. William — Como assim o plano não cobre a sua cirurgia pai? — Pergunta o rapaz preocupado. Alfredo — Foi isso que me informaram na central do plano, meu filho, pensei em pedir um empréstimo no banco para pagar todos os custos da cirurgia. — Fala o homem extremamente receoso. William — Empréstimo pai, o senhor não pode fazer isso, a sua aposentadoria já é mais que comprometida, se pedir um empréstimo vai faltar para comprar os seus medicamentos. — Indaga o rapaz ainda mais preocupado. Rosália — Eu posso ajudar com um pouco gente, não me custa nada já que a aposentadoria do seu pai não dá para muita coisa. — Fala a tia tristonha William — De jeito nenhum tia, a sua aposentadoria ainda não foi aprovada, todo o dinheiro que a senhora tem é da ajuda que o Luciano manda mensalmente, eu vou dá o meu jeito, mas o pai irá fazer essa cirurgia nem que eu precise trabalhar dia e noite sem folga ou descanso. — Responde William determinado. Alfredo — Mas William, você já paga a escola da Gabi, as despesas dessa casa, contas e outras coisas, não é justo você trabalhar como um louco para custear a minha cirurgia, posso muito bem pedir um empréstimo no banco, estou limpo na praça e tenho certeza que eles não me negarão esse empréstimo. Depois dessa cirurgia não terei mais necessidade de tomar medicamentos, então a minha aposentadoria não ficará muito comprometida, está decidido, vou até o banco amanhã. — O homem fala completamente decidido. Rosália — Eu vou falar com o Luciano, quem sabe ele também não consegue ajudar, o meu filho tem um bom emprego, ganha bem além dos conhecimentos que possui, tenho certeza que não se negará a ajudar o tio, afinal de contas eu moro aqui com vocês. — Fala a tia esperançosa. William — Vocês dois ficaram doidos, não posso deixar que o Luciano fique sabendo que estamos precisando de dinheiro, ele já nos ajudou bastante terminando de quitar essa casa, falei que darei um jeito de conseguir o dinheiro para o senhor fazer essa cirurgia e não se fala mais em empréstimo nessa casa. Agora se me derem licença eu vou precisar sair para buscar a Gabi na escola, cuidem-se ambos. — Diz o rapaz extremamente seguro. Rosália — Vai com Deus meu filho, que ele te proteja. — A tia fala para ela carinhosamente. William — Obrigada tia, até mais tarde gente… — William beija o pai, a tia e sai rapidamente de casa para os seus afazeres: primeiro buscar a filha Gabriele na escola e após deixá-la em casa voltará para a empresa que trabalha como office boy. A vida de William poderia ser melhor se não fosse a responsabilidade que tem em sustentar a família, principalmente após a morte de sua mãe Norma e a vinda da sua tia que também ficou viúva… Continua…