RICARDO
— Alfa. — Bernardo tentou agarrar meus ombros e me arrancar de Frederico, cujo rosto agora exibia manchas de sangue, com a mandíbula e o nariz completamente deslocados.
Ergui meu punho mais uma vez e o acertei com força no rosto, fazendo com que seus olhos se espatifassem e a carne se rasgasse em pedaços. Agora via claramente os ossos estilhaçados, mas isso pouco adiantava - o alívio era inexistente, bem longe de ser suficiente.
— Ricardo. — Natália ofegou de algum lugar atrás de mim e, finalmente, fui voltando aos meus sentidos.
Deixando o canalha tombado no chão, limpei as mãos ensanguentadas nos jeans e me virei para encará-la.
Ela não está olhando para mim. Seus olhos arregalados permaneciam fixos em Frederico, que agora se encontrava inconsciente. Eu tinha quase certeza de que seu pescoço havia se partido. Contudo, ele não morreria. A menos que eu arrancasse sua cabeça dos ombros e reduzisse seu corpo imundo a cinzas, ele voltaria à vida. A maldita Deusa havia concedido a