Eu sempre achei não ter preço poder deitar na grama de olhos fechados e ouvir minhas músicas favoritas numa tarde qualquer. Aproveitar a sombra, o ar fresco, o som dos pássaros, ver que o mundo parece parar quando se permite fazer uma pausa assim. Olhar pro lado e ver um casal trocando carícias e perceber que o dia não corre tanto quanto parece. A gente é que está muito ocupado pra eternizar o q vivemos, até porque vivemos demais aquilo que não teríamos vontade de eternizar.
A gente faz 1001 ajustes pra encaixar as necessidades burocráticas do dia-a-dia na nossa agenda, mas o sol se põe todos os dias e a gente nem vê. Quantos fenômenos astrológicos visíveis a olho nu eu já perdi? Eu me envergonharia de não ter mais experiências pra relatar pros meus netos ou pra, ao menos, me trazer o sentimento gratificante de realização. Algo tão simples, tão "próximo", tal bonito e a gente ainda assiste pela internet.
A realidade é que nada se supera estático. Seja no ato de não mudar