CLARA ASSUNÇÃO
Estava prestes a desmoronar quando a expressão de Daniel mudou num instante.
Ele pareceu entender que havia algo errado, segurou meu rosto com as duas mãos e falou próximo ao meu ouvido:
_ Pssssh, fique calma coelhinha, vai ficar tudo bem. _ sussurrou e sua voz rouca me atingiu como uma onda. _ Estou aqui agora e vou cuidar de você.
Então pegou minha mão direita e colocou sobre seu peito:
_ Vamos lá, preciso que respire junto comigo. _ pediu enquanto puxava o ar profundamente e tentei repetir seu gesto tremendo em minhas pernas.
Quando soltou a respiração pude sentir seu hálito morno em meu pescoço e ele continuou a me orientar de forma delicada como se eu fosse uma criança:
_ Isso mesmo coelhinha, está indo muito bem, continue respirando fundo. _ passou a fazer carinhos com os dedos em minha bochecha.
O rosto dele estava colado ao meu enquanto sua respiração tentava controlar a minha.
Seus