“Alessandro”
Eu estava mal humorado desde que saí do escritório. O Patrício sabia disso e não perdeu a oportunidade de me alfinetar:
- Então, irmão, será que a Catarina tem namorado? Porque do jeito que a Mari falou, né?!
- E se tiver, Patrício? Eu já disse que não é pra você tocar nela. – Falei esfregando o rosto com as duas mãos.
- Eu não vou tocar nela, mas o chefe dela está bem interessado, aliás, já até tocou hoje. – Eu bufei e me virei para ele.
- Do que você está falando?
- Cara, te conheço bem demais! Você ficou muito interessado na Catarina. E eu notei bem que você apertou a cintura dela e não soltou e depois bateu a porta ficando com ela na sua sala. Aí quando eu voltei, senti uma tensãozinha entre vocês e não pude deixar de notar como você a olhou quando falou do traseiro dela. E aí, cara, vai me contar o que aconteceu naquela sala ou vou ter que ficar imaginando você levando sua assessora para o sofá?
- Cara, você é um idiota, mesmo! – Mas eu já não consegui esconder o meu