“Hana”
Meu chefe só podia ser cego! Ele estava dando muito espaço para aquele folgado daquele Rafael. Ai, não gostei daquele homem! Tinha alguma coisa nele que não me descia. Ele parecia ser tão convencido, atrevido e falso, ficava de sorrisinho para o Fernando, mas estava interessado na Melissa. Isso estava muito errado. E agora, me aparece uma filha, pai solteiro... ah, tá! A mulher deve ter fugido dele por algum motivo e ele roubou a filha. Eu tinha até pena daquela mãe e eu nem sabia quem ela era.
Eu era boa em perceber as pessoas e aquele tal de Rafael não era do bem, mas não era mesmo. Eu passei a manhã ruminando esse imbróglio, meu estômago estava até revirado, então na hora do almoço eu fui até a lanchonete do hospital em busca de algo leve para comer. Mas adivinha quem estava lá para perturbar a minha paz? Claro, o tal Rafael.
Eu tentei, juro que tentei ficar quieta, mas aquele jeitinho falso dele sorrindo para a atendente da lanchonete, aquela voz mansa, agradecendo, sendo e