“Leonel”
As palavras da Anabel doeram fundo na minha alma, tudo o que eu queria era poder chamá-la de filha agora e pedir perdão. Não haveria sofrimento suficiente para mim que me fizesse pagar pelo sofrimento que eu causei a ela. Mas eu não conseguia falar, eu nem conseguia me mover para abraçá-la ou ao menos segurar sua mão. Mas ela me surpreendeu de novo e tocou a minha mão, a que ainda não estava totalmente esquecida e ela apertou e eu fechei levemente os meus dedos sobre a mão dela. E ela foi em frente com suas palavras.
- Pai, você foi a minha casa e disse que esperava que um dia eu pudesse te perdoar. Pois bem, eu estou aqui, com o meu coração aberto para o senhor, para dizer que eu te perdoei. Todos aqueles dias que eu te visitei no hospital eu estava trabalhando nesse perdão e hoje eu estou aqui porque eu te perdoei. E eu vou estar aqui, uma vez por semana eu virei te ver, você pode me esperar, eu vou me sentar aqui com você e te falar da vida ou só me sentar e segurar a sua