“Patrício”
Eu sabia que os irmãos Moreno seriam a parte difícil nessa situação com a Lisandra, mas eu não esperava por um escândalo, tampouco queria que eles descobrissem assim. Eu reuni toda a minha calma e agi como um homem preparado, racional e inteligente.
- Podemos conversar como pessoas civilizadas, Raul? – Eu o encarei, mas continuei abraçado a Lisandra, ela parecia assustada com a entrada abrupta do irmão.
- Pessoas civilizadas, Patrício? Você estava prestes a profanar a minha irmãzinha em cima da sua mesa de trabalho!
- Não seja ridículo, Raul! Eu não estava profanando nada! A Lisandra e eu estamos namorando. – Eu falei com segurança e percebi que a Lisandra deu um pequeno sorriso.
- Namorando? Mas que absurdo é esse? Ela é uma criança e vocês são quase irmãos! – O Raul chegava a ser cômico, sempre tratou a Lisandra como um bebê.
- Minha nossa, Raul! A criança aqui tem vinte e sete anos, isso são quase trinta, meu amigo. E para minha alegria, eu nunca considerei a Lisandra co