“Flávio”
Bati a porta, acabei de colocar as malas na viatura e saí dali rumo ao aeroporto. Bonfim ao meu lado achava graça de tudo. Eu estava a beira de colapso nervoso. Sabrina atrás bufava e resmungava.
- Flávio, isso é um ultraje. – Sabrina não parava de reclamar, se mexendo de um lado para o outro no banco, era irritante.
- Moça, não fica se esfregando muito nesse banco não. Ontem a noite essa viatura transportou um bandido que estava foragido escondido no mato e ainda não deu tempo de lavar. Ele estava numa situação desagradável. – Bonfim falou e eu o olhei sabendo que ele estava inventando história para provocar a Sabrina.
- Ah, foi nessa viatura que transportaram o Remela? – Perguntei inventando um nome qualquer e entrando na onda do Bonfim. Isso seria divertido.
- Foi sim. E ele estava sem tomar banho há um mês, se escondendo no mato, revirando lixeiras. Soube que tiveram que raspar a cabeça dele e obrigá-lo a raspas todos os pêlos do corpo. – Bonfim falou e eu vi pelo Retrovi