“Manuela”
O restante do dia passou como um borrão, com a Olívia e a Lisa tentando me animar com as coisas do casamento, mas eu havia ficado muito triste com a morte do Juliano. Eu passei a vida pensando que éramos irmãos e, mesmo nunca tendo nos dado bem, eu fiquei muito chateada, era uma vida desperdiçada e tão jovem.
- Meninas, posso falar um minuto com a minha filha? – Eu estava na sacada com a Olívia e a Lisa quando o meu pai apareceu. Era início de noite. – Está uma noite linda.
- Está sim. Como o senhor está? – Coloquei a mão em seu rosto.
- Triste, filha, mas foi a escolha dele. – Meu pai lamentou. – Sabe eu também já fiz a minha escolha, quando pedi aquele DNA eu lavei as mãos quanto ao Juliano, mas foi antes da Rita sequestrar você, eu não imaginei que ela seria presa e entregaria tudo pra ele. Não que isso justifique os meus erros, eu fui omisso com ele, a vida toda.
- Pai, você não foi omisso, a Rita não permitia que você o educasse, eu sei disso. Ela nunca te deixou corrig