"Allah!" murmurei, desanimada.
Raed chega à tardinha. As olheiras abaixo dos olhos indicam uma noite sem dormir. Meu coração acelera quando eu o vejo. Sim, eu o amo e me será muito penoso deixa-lo, mas ele merece uma vida normal, e não um erro.
Tentando ignorar a tristeza que me invade quando penso nisso, eu me aproximo dele. Raed abre os braços para mim. Eu o abraço sentindo o calor do corpo dele e seu cheiro. Fecho os olhos, deixando que a emoção de o ver me domine, mas com muito esforço, reprimo minhas lágrimas, não quero preocupa-lo.
Ele se afasta um pouco, eu abro os olhos. Ele me olha com intensidade.
—Está tudo bem com você?
—Sim, Raed. Não se preocupe.
Ele solta o ar e dá um leve sorriso.
—Estou tão cansado! Esses dias não tem sido fáceis.
—E seu pai?
—Está se recuperando, mas quando ele recobrou a consciência ele estava muito agitado, os médicos então acharam melhor sedá-lo.
—Quer comer algo? Você conseguiu almoçar?
Raed assentiu.
—Sim, almocei. Agora só quero tomar um banho e me deitar. Acho