Capítulo 75. Desconfiança
Desde o desaparecimento da Karen, John passou a trabalhar dobrado. Não era obrigação dele — era chefe de segurança, não detetive — mas eu pagaria qualquer coisa para ter respostas.
Quando ele entrou no meu escritório, fui direto ao ponto:
— Alguma notícia?
John respirou fundo antes de responder, e isso já dizia tudo.
— Por enquanto, nada. Tanto a polícia quanto nós achávamos que, com a quebra do sigilo telefônico, surgiria alguma novidade. Mas apesar dela ter trocado mensagens com uma amiga dizendo que estava com medo do marido, que ele estava estranho, não tinha mais nada. A amiga também não tinha muita coisa para contar, e o marido tem álibi. Não consta mais nada contra ele, nenhuma mensagem estranha, nada.
O silêncio ficou pesado. A gente precisava de alguma resposta, caso contrário, Isabella definharia cada vez mais na incerteza.
— Qual é a sua teoria?
Ele hesitou um segundo.
— Se eu for frio, bem frio… e pensar como alguém que quer desaparecer, existe um jeito. Ela aparece nas câ