Nesse instante, Bárbara estremeceu subitamente.
Ela precisava se retratar do pensamento anterior de que esse homem era educado e refinado. Agora, o olhar dele trazia um inegável toque de malícia.
— Olá... — Sob uma pressão indescritível, ela foi a primeira a falar, tentando cumprimentá-lo. E, ao encará-lo de tão perto, não pôde evitar a impressão de que ele se assemelhava de alguma forma a Breno.
Em seguida, o homem estreitou os olhos, sua voz fria como gelo:
— Olá, Bárbara.
Bárbara ficou paralisada.
— Você me conhece?
Os lábios finos do homem se curvaram em um sorriso. Sua mão esquerda, que usava um terço budista, saiu do bolso da calça e se estendeu em direção a Bárbara.
— Otávio Cardoso.
Bárbara notou imediatamente a tatuagem na mão do homem.
Seu rosto era incrivelmente belo, ele usava óculos que lhe conferiam um ar estudioso, e a combinação do terço budista e da tatuagem com inscrições em sânscrito deveriam transmitir uma sensação de pureza. No entanto, o que Bárbara sentia era uma