Poliana fechou os olhos, tentando acalmar a náusea que se agitava em seu peito. Quanto a essas coisas, ela realmente não tinha certeza.
Guilherme soltou uma baforada de fumaça e sacudiu a cinza em duas folhas de papel que havia puxado.
— Não importa se ele usa drogas ou não, você já decidiu que vai se divorciar dele. Se ele está se drogando, isso não tem mais nada a ver com você.
Poliana levou a mão ao nariz e, olhando para fora da janela, permaneceu em silêncio. Se separar era uma coisa, mas ainda assim, ela se sentia um pouco triste.
Gustavo era o seu amor, seu primeiro amor, alguém único. Gustavo ainda estava vivo, mas parecia apodrecer a uma velocidade com a qual ela não conseguia acompanhar.
Guilherme esboçou um sorriso.
— Triste?
— Não é tristeza. — Poliana fungou novamente. — É mais uma sensação de absurdo.
Guilherme não voltou a falar sobre Gustavo e mudou de assunto.
— Além dessas coisas, há mais. Se tudo for exposto, a Fernanda não só será obrigada a sair do mundo do en