As outras garotas me olham assustadas e quando ele sai nos deixando sozinhas, ouço uma delas me perguntar “_ Como foi que ele pegou você?” A encaro e digo “_Meu pai devia dinheiro a ele, então ele me pegou como forma de pagamento. E vocês como vieram parar aqui?” pergunto a elas, uma abaixa a cabeça e diz “_Estava voltando do trabalho quando fui sequestrada, ele me vendeu para um velho rico e irá me entregar logo, é o que ele diz” fico horrorizada com o que ouço ela dizer a outra chora e diz “_Meu pai me trocou por drogas” ela diz chorando, meu coração se aperta de dor, ela parece ter seus 17 anos muito nova, ai a ficha cai, Marcelus trafica mulheres, meu coração dispara e meus pensamentos voam para longe tentando saber o que ele irá fazer comigo agora. A noite logo passa e nenhuma de nós três consegue dormir, já é metade do dia, o sol está forte lá fora vejo pelas brechas da tenda mas, ninguém entrou aqui desde ontem a noite. No fim da tarde Marcelus entra com duas mulheres ao seu lado e alguns vestidos e diz “_ Vocês duas irão se arrumar e colocar os vestidos, deixem elas bem arrumadas essa noite” ele diz direcionado as mulheres que acenam com a cabeça “_ Essa será a grande noite de vocês duas” ele diz apontando para a moça que foi vendida e para mim”_ Sairemos em 2h, estejam prontas” ele fala e sai da tenda logo as mulheres nos levam para tomar banho e nos trocam me colocam um vestido vinho com fendas dos dois lados das pernas e alças nos ombros simples mas longo e apertado mostrando todas as minhas curvas, uma das mulheres me maqueia enquanto a outra faz um penteado na outra moça, assim que estamos prontas, Marcelus entra e anda entre nós duas examinando tudo “_bom” ele diz “_ Agora vamos as entregas” meu coração dispara olho para a moça mais nova que ficou na tenda e meu coração se parte por deixa-la aqui sem saber para onde ela irá. Entro no carro e a outra moça ao meu lado me da a mão segurando forte, tem um segurança de cada lado e Marcelus ao lado do motorista.
Após alguns minutos chegamos a uma grande casa com um belo jardim na frente e Marcelus fala “_ Seu destino a espera Vanessa, Vamos!” noto os olhos dela marejados nos entreolhamos e ela aperta forte minha mão sendo puxada do carro por Marcelus para entrar logo, um segurança permanece comigo no carro e o motorista, mesmo se tentasse fugir não iria longe, respiro fundo e após longos minutos Marcelus retorna sozinho, ele senta ao meu lado e comenta “_Agora vamos para a reunião mais esperada da noite” ele sinaliza para o motorista e partimos, meu coração dispara sem saber para onde estamos indo, logo vejo grandes portões de ferro a nossa frente, respiro fundo e ouço Marcelus dizer “_Chegamos!” ele abre um largo sorriso que me arrepia toda, logo vejo várias casas, passamos pelo centro com várias lojas e paramos em frente a uma grande casa, com uma escadaria que dá em grandes portas de madeira, Marcelus me puxa para fora do carro e sussurra em meu ouvido segurando firme meu braço “_ Se comporte e não abra a boca” meu corpo todo se arrepia e uma angustia me consome.Entramos pelas grandes portas de madeira e seguimos pelo corredor até uma sala com uma porta de madeira preta, Marcelus segura firme meu braço o tempo todo, assim que paramos em frente a porta Marcelus b**e e logo ouvimos um “_Entrem!” Tento me conter e manter a calma, entramos na sala e logo vejo um homem na casa dos 40 anos já sentado em uma grande poltrona de couro preta com dois seguranças ao seu lado, e um homem em uma cadeira de rodas, dificil ver um lobo deficiente, já que nos curamos rápido, Marcelus os cumprimenta e logo faz as apresentações “_Alfa Renan, Beta Rafael, apresento a vocês Emília, seus pais me deram sua guarda para que lhe arrumasse um marido já que não encontrou seu par destinado e fiquei sabendo que procurava uma esposa para seu irmão Alfa, então achei que seria do seu interesse fecharmos um acordo com essa bela moça” ele diz ao alfa e me sinto um objeto sendo vendido, mantenho minha cabeça baixa e ouço Alfa Renan dizer “_ Realmente Marcelus, procuro uma esposa
Na manhã seguinte ouço batidas na porta e uma senhora entra “_ Senhorita, suas roupas e o café da manhã já está servido” pego a mala e coloco na cama sigo para o banheiro tomar um banho e me trocar, ponho um vestido florido até o joelho e sigo tomar meu café, me sento e logo pergunto a senhora na cozinha “_ Rafael já tomou o seu café?”, “_Sim senhorita, ele acorda cedo e daqui a pouco chegará a moça que trará seu vestido e irá te ajudar com cabelo e maquiagem para mais tarde” aceno enquanto como, estava faminta, acho que agora tudo irá entrar nos eixos novamente, minha vida teve uma reviravolta mas, espero que meu futuro marido um dia me ame. Volto para o meu quarto e logo a moça entra com um vestido e a mala para me arrumar, conversamos um pouco, ela faz meu penteado um coque com algumas mechas soltas e uma maquiagem leve, me olho no espelho e me sinto linda, hora do vestido, ela me ajuda a por e me admiro no espelho, ele é lindo de renda nas alças com decote em v nas costas decote e
Acordo às 05h da manhã, faço minha higiene, troco de roupa e sigo para a cozinha, preparo tudo e coloco na mesa, pão, bolo, frutas, suco e o café, monto a mesa e espero Rafael sair para tomarmos nosso café. Assim que a porta se abre Rafael sai sério já arrumado para sair, ele olha para a mesa e se aproxima com a cadeira, me sento na outra extremidade lhe dando bom dia mas ele me corta logo dizendo “_ O que pensa que está fazendo?” eu o olho confusa e digo “_ Não iremos tomar café? Estava te esperando” eu digo confusa e ele ri “_ Acha mesmo que vou tomar café junto com você? Qual a parte que eu disse que você irá me servir você não entendeu? Se ainda não tomou seu café espere eu tomar o meu, não vou dividir a mesa com você.” Olho tudo triste, achei que ele fosse ser bom comigo mas, percebo que as coisas não estão tomando esse rumo, me levanto e vou para o quarto, arrumo minhas coisas e depois de uns 30 minutos volto para a cozinha para ver que Rafael já não está mais em casa. Me sento o
Na manhã seguinte faço o café, e apenas espero ele sair para perguntar:" posso sair para ir ao mercado?" ele diz sem olhar para mim:" faça uma lista do que precisa e entregue ao segurança que ele trará tudo o que precisa, você está proibida de sair do apartamento sem ser na minha companhia", não entendo, não me suporta e só posso sair se for com ele, quer deixar tudo nas aparências, casal só lá fora para as pessoas, aqui dentro somos dois estranhos.Me retiro e deixo ele tomar seu café e assim faço todos os dias, nas últimas semanas tem sido assim, fazendo comida e me recolhendo para não incomodar Rafael.Numa noite ele b**e na porta e diz para me arrumar que vamos sair, me animo porque parece que ele finalmente irá me levar para algum lugar e já faz muito tempo que não saio. Coloco um vestido simples longo e deixo os cabelos soltos e saio, ele já espera impaciente na sala, seguimos pelo corredor até o refeitório, hoje vamos jantar com a matilha, finalmente vou conhecer as pessoas dess
Rafael começa a falar “_ Eu te disse para se comportar e na primeira oportunidade você se enfia no meio de um monte de gente e fica sorrindo fazendo graça pra outros caras, entenda que você agora é minha propriedade e de mais ninguém, nunca irão toca-la, nunca sairá de perto de mim, eu serei seu mestre e seu senhor e a partir de agora, meu amigo aqui irá te mostrar seu devido lugar, o homem se aproxima de mim e me afasto por extinto, ele amarra minhas mãos na cama e sinto um arrepio percorrer minha espinha.Rafael dá a ele um chicote com várias garras de prata nas pontas e acena para ele que pega e começa a me chicotear, solto um grito de dor e Rafael diz “_ Quanto mais você gritar mais vai apanhar” e o homem solta outra chicotada rasgando meu vestido deixando minhas costas nuas, seguro meus gritos de dor apertando meu maxilar para não apanhar mais, as lágrimas escorrem pelo meu rosto, olho para Rafael que parece satisfeito pela primeira vez em me ver daquele jeito, e mais uma vez o ch
Na manhã seguinte as feridas ainda estão abertas mas, o aconito já diminuiu mais no meu organismo, faço o café e volto para tentar fazer um curativo nas costas, pego algumas gases e limpo onde alcanço, quando termino, olho para o relógio e sei que Rafael já deve ter saído, vou para a cozinha preparo o almoço e o jantar logo e volto para o quarto, mais tarde é só esquentar e pronto. Me deito para me curar mais rápido, levanto perto da hora do almoço para deixar tudo pronto e depois para desfazer a mesa, perto da hora do jantar faço a mesma coisa e é quando me dou conta que não comi nada nem ontem, nem hoje, faço um esforço, como um pouco e volto para o quarto, volto já tarde para tirar a mesa e guardar as coisas, ainda com muita dor pelas feridas me deito e volto a dormir.2 Semanas DepoisEmíliaJá me sinto bem melhor dos ferimentos a maior parte das cicatrizes já fechou agora está apenas umas linhas rosas grossas onde havia as feridas, olho minhas costas através do espelho, coloco min
Escolho alguns vestidos que cobrem bem as costas e não são muito colados e sigo para o provador, a atendente pergunta _ precisa de ajuda para fechar? Fico nervosa dela ver minhas costas e digo _ Não tudo bem, consigo me virar, obrigada. Provo os vestidos e escolho um azul royal simples de ziper nas costas que vai até o joelho, um pouco colado ao corpo mas cobre bem as costas e não mostra os seios, com um leve gola no pescoço, escolho ele e saio do provador vou para a recepção e logo o capanga de Rafael tira um cartão do bolso e paga o vestido, ele pega a sacola e apenas sorrio sem graça para a moça do caixa agradecendo e seguindo o de volta ao carro. Voltamos para o apartamento guardo o vestido no guarda roupas e corro para a cozinha fazer o almoço, termino tudo e já almoço e retorno para o quarto. Os dias passam rapidamente e hoje será o festival de primavera, várias matilhas irão estar presentes, fico ansiosa e nervosa para tentar não aborrecer Rafael, termino os afazeres após o a
De repente, um arrepio percorre toda a minha espinha e meu coração acelera, sinto um cheiro único e inebriante que nunca senti antes na vida, olho em volta e paro quando vejo um homem alto, de olhos verdes, com uma roupa formal me encarando, ele respira pesadamente, os homens ao seu lado percebem que ele trava os olhos em mim, ele começa a andar em minha direção e rapidamente me lembro de Rafael, balanço a cabeça em negação para que ele não se aproxime e ele franze a testa confuso, dou passos para trás e dou de cara com o capanga de Rafael e ele logo atrás me encarando sério, sinto uma mão segurar meu braço e é como se um choque elétrico passasse das mãos dele para o meu corpo, me arrepio toda e olho diretamente em seus lindos olhos verdes, mas rapidamente saímos do transe quando Rafael grita para ele _ Solte minha mulher, está querendo morrer? O homem me olha confuso e pergunta _ Já está acasalada? Mas não vejo nenhuma marca em seu pescoço, precisamos conversar, ele me encara e meu co