Júlio olhou para Ricardo, como se estivesse olhando para um estranho.
Júlio sentiu que aquela frase não parecia algo que Ricardo diria, mas ao vê-la e ouvi-la com seus próprios olhos e ouvidos, ele não tinha outra escolha senão acreditar.
— Ricardo...
— Se não houver mais nada, pode ir embora. — Ricardo disse essas palavras e voltou a abaixar a cabeça, retomando seu trabalho.
Júlio observou o semblante frio de Ricardo e permaneceu em silêncio.
"Quanto tempo faz desde que eu vi esse Ricardo? Parece que, desde que ele conheceu a Viviane, eu nunca mais o vi assim. Agora, aquele Ricardo frio, mecânico, que só vive para o trabalho, voltou."
Júlio franziu a testa.
Depois de hesitar um pouco, ele finalmente se retirou.
O silêncio tomou conta do ambiente por um longo tempo, até que Ricardo finalmente parou de trabalhar.
Ricardo pressionou a testa com a mão, e, por fim, com um suspiro de desânimo, pegou o celular e ligou para Amadeu.
— Amadeu, amanhã a Sra. Barros vai ao hos