O destino que o pai de Matilda lhe impôs

Os dois se beijaram apaixonadamente, pois desconheciam que o Coronel assistia a cena da janela de sua casa.

Percebendo o amor dos dois, o Coronel Germano tomou uma decisão. Mandou uma mensagem para o Coronel Sebastião, para que ele e seu filho comparecessem a sua fazenda o mais breve possível, ele planejava marcar a data do casamento.

Passados dois dias, lá estavam o Coronel Sebastião e seu filho na sala da casa grande conversando:

- Coronel Sebastião, que satisfação ter o compadre aqui em minha casa.

- Olá compadre. Chamastes-me aqui para tratar daquele nosso assunto?

- Sim compadre, o chamei para marcarmos a data do casamento. Que tal lhe parece para daqui a dois meses?

- Parece-me ótimo. Quanto mais rápido melhor e mais lucrativo. Vamos juntar nossas fortunas, e já é certo que juntos venderemos muito mais safras de café...

Euvira, que ouvira toda a conversa por destras da porta, subiu e comunicou Matilda sobre a decisão do Coronel Sebastião:

- Matilda...

- O que foi Euvira? Ti estás aflita. Papai vai manda-la para o tronco outra vez?

- Não sinhá, desta vez graças a Deus não.

- Então, o que é?

- Seu pai, está com seu pretendente, e seu futuro sogro na sala, marcando a data do casório para daqui a dois meses.

- E agora Euvira? O que faço? Não posso me casar com o senhor Joaquim, eu amo César. E dizem que esse Joaquim é cruel, um monstro.

- Não fica assim minha amiga, nois há de dar um jeito nisso.

Assim, já afirmado o acordo, o Coronel Germano chamou Matilda para conhecer seu noivo:

- Matilda minha filha, esse é o senhor Joaquim. O homem que escolhi para seu marido.

- Não meu pai! Jamais me casarei com esse homem.

Matilda subiu as pressas à alcova de sua mãe, pois tamanho era o seu desespero.

:- Joaquim, não se incomode com o comportamento de minha filha. Ela tem um temperamento forte.

- Eu percebi senhor Coronel. Mas tenho de reconhecer o quanto sua filha é bonita, seus lindos cabelos louros e seus olhos azuis me fascinaram.

- É verdade, minha filha é linda! Ela será uma boa esposa.

- Então estamos acertados Coronel Germano.

- Claro, Coronel Sebastião.

Ambos deram as mãos em sinal de acordo.

A verdade é que a principio, Joaquim julgou Matilda, como sendo mais uma das muitas mulheres que passaram em sua vida, porém com os dias se passando, o rapaz que

todos os dias ia visitar a noiva, percebeu que Matilda era única. A moça era obrigada por seu pai, a passar as tardes conversando com o noivo:

- E então Matilda, estais ansiosa pela chegada de nosso casamento?

- De certo que sim, assim como um condenado espera pela forca.

- Não diga tolices. (Joaquim se enfureceu) Garanto que quando conheceres o gosto de meus beijos, a de se apaixonar por mim.

- Ora! Eu lhe aviso, se tocares em mim lhe arranco as mãos.

- Como eis furiosa.

- Eu o detesto!

- Jamais uma mulher me desprezou, ti não serás a primeira.

- Eu aconselho ao senhor, que continue na balburdia, e deixe-me em paz. Não quero me casar convosco.

Com a imensa rejeição da noiva, Joaquim teve por motivo de honra conquista-la. Dia a dia ele tentava incessantemente. Dizia-lhe palavras amorosas, enchia-lhe de galanteios, porém seus esforços eram totalmente vãos. E o que o rapaz não esperava, era que o feitiço vira-se contra o feiticeiro, o rapaz viu-se totalmente movido por um intenso encantamento pela bela ninfa de olhos azuis, que fascinara por completo o seu coração, nunca antes encantado por nenhuma outra. O rapaz tinha por motivo de alegria o casar-se com ela, tinha o intenso desejo de conquista-la a qualquer custo.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo