De volta para casa.
KESIA MESSINA
— Tati? — chamei intrigada.
Passei a vita pelo seu corpo sem me preocupar em disfarçar, logo notei sua barriga saliente marcada no vestido branco pouco apertado.
Ela fitou nós três e sorriu abertamente. Por impulso, pulou em mim e abraçou.
— Que saudade! — murmurou com a voz embargada.
Olhei para seu rosto e ela estava prestes a chorar. Porém eu não disse nada, ainda estava confusa com a presença dela ali.
Percebendo meu olhar, Tati se afastou.
— Entrem. — Disse nervosa nos dando as costas e voltando a subir as escadas novamente.
Que merda é essa? O que eu perdi?
Segui ela, Angelo e o Fellipo vieram logo atrás.
Conforme a porta se aproximava, mais o nervosismo me consumia, a agonia não me deixava respirar.
No último degrau, podia ouvir as vozes vindas da casa. Meu pai e Hugo pareciam assistir a uma luta de boxe, pois gritavam coisas como: “da uma chave de braço nele, mete a porrada. Soco na orelha.”
Sorri agitada. Senti falta disso.
Tati entrou