79. O Despertar do Demônio
Gregório
— Eu te explico tudo em outro momento, meu filho. Mas, por favor, acalme-se! Eu sou seu verdadeiro pai! — diz Carlo, aproximando-se, tentando tirar a arma da minha mão. Mas minha fúria é imensa, e tudo o que quero agora é encontrar aquela bandida ordinária da Brenda.
Me afasto de Carlo e passo por cima do corpo de Cristóvão, que geme de dor, caído no chão. Paro diante dele, encaro-o e, friamente, piso com a ponta da bota sobre o ferimento em sua coxa. Rosno:
— FILHO DA PUTA! A sua sorte é que tenho algo mais urgente pra resolver e não posso perder tempo com um cachorro miserável como você. Mas já deu pra perceber que eu não estou mais de brincadeira — e muito menos sou o otário de antes, que tinha medo de matar alguém. Já viu o demônio alguma vez na vida, irmãozinho do caralho?
Cristóvão me encara com os olhos esbugalhados, gritando de dor, enquanto aumento a pressão do pé em sua perna. O ferimento escurece na hora. Enfio o cano da arma no ferimento em seu ombro, fazendo o sa